quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Crônicas de Rondônia (07/02) - Tiririca não fica, por que encontrou o pior na política

Tiririca não fica, por que encontrou o pior na política

549246_448736911862423_988027556_nEm recente entrevista concedida a Folha de São paulo o humorista Tiririca, que se elegeu expressivamente com o lema: “Vote em Tiririca, pior do que tá não fica”, anunciou que está deixando a política para se dedicar apenas a vida artística, como desculpas o deputado Francisco Everardo Oliveira Silva (Tiririca), apresentoua a sua necessidade de passar mais tempo com os filhas, a frustração de não ter tido nenhum de seus projetos aprovados pela casa e a “baixa” remuneração da vida pública. Segundo ele, como artísta consegue levantar muito mais do que seus 26,500 reais mensais de salário como deputado federal e viver muito mais realizado com aquilo que realmente gosta de fazer. Para alguns, isso pode realmente fazer sentido, até mesmo para o próprio Tiririca, mas, a grande parte da população brasileira percebe nitidamente que o maior desgosto do deputado palhaço é a decepção e indignação de fazer parte de uma categoria tão mal afamada e que a cada dia que passa oferece mais motivos para desmotivar qualquer cidadão de bem a ingressar na carreira política. O que pode parecer triste surpresa para Tiririca apenas expõe um velho retrato de natureza depravada e promíscua que se formou nas últimas décadas na classe política brasileira. Foi-se o tempo em que ser um político era sinônimo de credibilidade moral e louvor público, ao ponto de deixar um dos mais conhecido humoristas do país sem a menor graça.

O choro de Elis

Ao fazer uso da tribuna nesta segunda (04/02), veredaora Elis Regina de  Porto Velho deu um exemplo de dignidade sem igual ao rebater as afirmações de Jair Ramires, ex-secretário de obras preso pela operação Vórtice da Policia Federal, que a degradava como ser humano. Elis precisou de muita coragem e auto estima para encarar o público presente e repetir as palavras de seus difamadores, a certo ponto, o choro se tornou inevitável, o que causou grande comoção aos presentes, para Elis, apesar da ofensa tudo deve ficar no campo da política sem mágoas futuras, porém para os seus ofensores a coisa ficou pra lá de odiosa.

Dilma vai tentar reparar o mal feito

A presidenta Dilma Rousseff disse nesta terça-feira, em entrevista a emissoras de rádio do Paraná, que o governo estuda para este ano a desoneração integral da cesta básica e a revisão de seu conceito, já “ultrapassado”. A medida, segundo ela, deve contribuir para que a inflação seja menor em 2013.

- “Como a lei que definiu a cesta básica é bastante antiga, nós estamos revisando os produtos que integram a cesta, a fim de que possamos desonerá-los integralmente…”

O principal fator que levará à queda da inflação, segundo a presidenta, é a redução de cerca de 18% nas tarifas de energia para pessoa física e 32% para o setor produtivo. Além de beneficiar todas as famílias diretamente na conta de luz, ela disse que a medida estimulará o aumento da produção, das contratações e da competitividade da indústria.

Dilma Rousseff reconheceu que o aumento do preço da gasolina terá impacto negativo na inflação, mas argumentou que este será muito menor do que o benefício trazido pela redução da tarifa de energia, tomara que aconteça.

Hermínio entra na briga

O presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia, deputado Hermínio Coelho (PSD), se manifestou hoje contrário a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (em tramitação no Congresso Nacional), denominada de PEC 37, que retira do Ministério Público, Receita Federal e Tribunal de Contas, o papel investigativo. “Podemos classificar esta matéria como a PEC da impunidade, da irresponsabilidade”, disse.

O deputado que é um defensor do patrimônio público acredita que a aprovação é uma “amordaça” aos órgãos fiscalizadores do país. De acordo com o deputado a aprovação da referida PEC, não irá contribuir para o engrandecimento das instituições republicanas, representa um retrocesso em vista ao combate as mais variadas formas e seguimentos de corrupção instalados no país, bem como contraria decisões de nossos Tribunais e até tratados internacionais.

CONTATOS: Contatos com a coluna podem ser feitos pelos telefones (69) 3224-6669 / 9214-1426, ou ainda pelo email: danny_bueno3@hotmail.com. No Facebook: www.facebook.com/danny.bueno2 /ou no www.twitter.com/dannybueno3 ), ou ainda no www.dannybueno.blospot.com. Caso queira entregar denúncias ou documentos, favor encaminhar para Avenida Pinheiro Machado, nº 600 - Olaria, Porto Velho – RO / CEP. 76.801 – 213 - aos cuidados de Danny Bueno.

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

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