sexta-feira, 8 de março de 2013

Crônicas de Rondônia (09/03) – Salvamentos, reinaugurações, investimentos e desacordos

Ganhando o dia

Na tarde de ontem, tivemos uma oportunidade impar de colocar em prática a nossa boa e velha prática da Solidariedade, ao socorrer um animal que estava abandonado a morte em plena Av. Jorge Teixeira em frente a Rodoviária. Em pouco tempo, um pedido de socorro através de Facebook, da jornalista Jully Ceni (Rede TV) se tornou uma missão para um grupo de jornalistas que solidários com a situação do animal, que mais tarde viemos a saber que era uma cadela da raça Pastor Alemão, que acabou ganhando o nome de Vitória. Para muitos pode se tratar de mais uma ação banal de um grupo de doidos que acham que estão fazendo grande coisa, mas, para o animal que provavelmente pela idade avançada está vivendo seus últimos dias foi com certeza a confirmação de que nem todo mundo que anda sobre essa terra está desprovido de compaixão e amor às criaturas.

Resultado

A Vitória foi devidamente atendida por uma equipe super competente da PET WORLD,  localizada na Gonçalves Dias, a quem agradecemos a todos os funcionários e veterinários na pessoa do proprietário, Leonardo Correia, que concedeu um expressivo desconto e não poupou esforços em disponibilizar a internação de imediato do animal. Fica aqui os devidos reconhecimentos as jornalistas Jully Ceni e Júlia Scherer que acompanharam e continuam acompanham a evolução do quadro clínica do animal e tão logo possa estar em pé será adotado  e muito bem acolhido na casa da Júlia Scherer, Parabéns a todos.

 Confúcio adota Porto Velho

Reinaugurado na manhã desta sexta feira (08/03), a pós ser revitalizado pela secretaria do esporte e lazer  - SECEL, o governador Confúcio Moura (PMDB) entregou ontem a capital as novas instalações do complexo esportivo Deroche Pequeno Franco, mais conhecido por todos apenas como “Deroche”, localizado em pleno coração de Porto Velho e frequentado por centenas de pessoas diariamente que buscam mais qualidade de vida através de condicionamento físico e esportivo.

Outras ações

Além do investimento no Deroche em Porto Velho, o governador afirmou em seu discurso que estará ainda esse ano, revitalizando também o Ginásio de Esporte Cláudio Coutinho, que fica ao lado, com recursos da ordem de 5 milhões de reais. Para confirmar seu interesse em conquistar a população da capital, o governador anunciou mais obras de âmbito estruturais que estarão sendo entregue aos Portovelhenses antes do fim de seu mandato, entre estas: 14 milhões para reformado Estádio de futebol Aloízio Ferreira, 150 quilômetros de asfalto usinado feito na capital, 10 praças novas espalhadas nos bairros, 700 milhões em esgotos sanitários em todos os bairros e um novo Espaço Alternativo que será construído as margens da Av. Jorge Teixeira, a caminho aeroporto da capital. se tudo isso se concretizar, Confúcio estará fazendo as pazes com a população de Porto Velho que a várias administrações não é tão lembrada e elevando muito seu conceito entre os eleitores do maior colégio eleitoral de Rondônia.

Empresas de ônibus descumprem ordem judicial

Os advogados das empresas de ônibus que atendem a capital entraram ontem com uma Ação Declaratória de Nulidade para tentar anular um Termo de Compromisso assumido e firmado com o município, por ocasião do último reajuste da tarifa, alegando que o município impôs o Termo para as empresas, que teriam direito ao reajuste sem ter que assumir nenhum compromisso. Ocorre que no próximo dia 13 de Março, as empresas teriam que estar com todos os seus veículos adaptados com GPS e sistema de monitoramento e até presente momento nem começaram mexer nos veículos. É obvio que como restam pouco mais 4 dias eles entraram com a ação também para prorrogar o prazo de implantação do sistema para mais 6 meses. Será que a Justiça vai conceder a nulidade do Termo de Compromisso não cumprido pelas empresas de ônibus?

Nenhum comentário:

Pesquisar matérias no Blog

Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: