terça-feira, 30 de abril de 2013

Crônicas de Rondônia (01/05) - Dia dos Trabalhadores ou Dia dos Exploradores

O que há para se comemorar no Dia do Trabalhador?
Para os banqueiros e mega - empresários é um dia de certo prejuízo, para os funcionários públicos e bancários, um oásis no meio da semana, para os profissionais do setor de segurança e saúde, mais trabalho, para os proprietários de restaurantes e locais de entretenimentos dia de faturar alto, já seus funcionários dariam tudo para estar no lugar das pessoas que festejam o feriado enquanto eles trabalham. Mas, e para os trabalhadores que compõem a grande massa assalariada da nação, qual é a verdadeira razão de se comemorar este dia tão pragmático, que no mundo todo é reconhecido como um tributo aos homens e mulheres que constroem um futuro melhor para seu país. Com um salário atual de U$ 300 dólares ao mês, o brasileiro na verdade precisa desempenhar de duas a três funções para dar conta da manutenção da família, que mal consegue se alimentar direito dependendo do número de filhos que o casal sustenta. O que se vê nesse dia de feriado na verdade, é uma frustrante e inconsciente manifestação de derrota e impotência passada de pais para filhos quase como formação cultural.

O que eu quero dizer?
Quando olhamos para nossa renda atual, principalmente aqueles que já desistiram de alcançar riquezas na vida e se entregaram a projetos de terceiros, magnatas, políticos, empresários, fazendeiros, banqueiros, e afins… enxergamos uma população devastada por um complexo de inferioridade que se refletiu ao longo de anos de supressão de valores e falta de educação adequada que possibilitasse um emprego melhor e uma vida mais digna. Quando criança sonhamos alto em um dia chegar a ser grandes figuras da sociedade para inclusive ajudar aqueles que desejem ter sucesso, ou salvar os menos favorecidos. Durante o percurso algo que a maioria dos políticos e autoridades constituídas nem comentam acontece com essas crianças engavetando de uma vez por todas seus sonhos mais preciosos.


Concluindo:
A cada novo cidadão brasileiro que nasce nas maternidades, já existe um plano de  plano de destruição em massa de sonhos esperando antes mesmo deste começar a falar, um projeto maquiavélico de destruir as esperanças dos pais massacrando-os dia a dia com impostos exorbitantes e extorsivos, atrelados juros abusivos e desonestos, abusivos e imorais, só que ninguém faz nada contra isso, principalmente os políticos, pois pode ter que prestar contas ao “Sistema”, de quem dependerá para conseguir se reeleger nas próximas eleições. Ou seja, “vivemos num pais sedento, num momento de embriaguez”, como já dizia Humberto Gessinger (Engenheiros do Havaí). Não temos forças nem voz para fazer nada, apenas engolimos tudo aquilo que nos impõem como o próprio voto e ainda nos fazem pensar que estamos construindo uma democracia de primeiro mundo. Meus Amados, os trabalhador brasileiro não tem nada o que comemorar nesse dia inglório, somos apenas cartas marcadas substituíveis de um mesa de Poker, onde quem engana mais ganha o jogo, quem sabe blefar melhor será o grande vencedor, este sim terá muito o que comemorar no Dia do Trabalhador brasileiro, pois dificilmente encontrará um país aonde o povo seja tão fácil de ser roubado e que fique tão inerte aos ver seus filhos entrando pelo mesmo caminho, e os quais resta apenas testemunhar o insucesso de seus pais através algumas latinhas de cerveja.

Paciência esgotada
O governador Confúcio Moura, cansado de esperar, desceu ontem (30/04), para Brasília antes de terminar o mês, para negociar pessoalmente uma autorização ao Estado para toca as principais obras da BR 364, em seus trechos mais críticos, além das BRs 425 e 421, já que todas licitação do DNIT acaba na justiça e o órgão não consegue tirar do papel as promessas de iniciar a restauração da BR 364 que estava prevista para meados de 2012, ou seja há um ano atrás. De saco cheio de tanto ouvir ladainhas dos burocratas Confúcio decidiu tomar uma atitude governante responsável, parabéns pela iniciativa, tomara que Brasília também veja com bons olhos esse ato de desespero. Muitas vidas já teriam sido poupadas se de lá tivessem agido com boa vontade nos últimos anos.

Assuntos apresentados
Em audiência com o novo ministro dos Transportes, Cesar Borges, a quem apresentou a necessidade de providências urgentes para a recuperação da malha viária federal no estado. Além disso, o governador entregou documento que ressalta a importância do pólo turístico representado pela oportunidade de compras de uma variedade de produtos importados na região de fronteira com a Bolívia. Ressaltou tratar-se de uma região de belíssimos recursos naturais, que atraem milhares de visitantes diariamente, oriundos não apenas do próprio estado, mas de estados vizinhos, como o Acre e Amazonas. É uma importantíssima fonte de recursos para o município e para o País, além de consolidar a desejada integração continental, meta da estratégia geopolítica brasileira.

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Um Diploma ou um Sacerdócio?

Que respostas podemos dar à indagação sobre os motivos de se exigir que o profissional de Jornalismo seja formado por uma faculdade?

Digamos, desde logo, que a faculdade não vai "fazer" um jornalista. Ela não lhe dá técnica se não houver aptidão, que denominamos de vocação.

A questão é mais séria e mais conseqüente. A faculdade, além das técnicas de trabalho, permite ao aluno a experiência de uma reflexão teórica e, principalmente, ética.

Não achamos absurdo que um médico deva fazer uma faculdade. É que vamos a ele entregar o nosso corpo, se necessário, para que ele corte, interfira dentro de seu funcionamento, etc.

Contudo, por vezes discutimos se existe necessidade de faculdade para a formação do jornalista, e nos esquecemos que ele faz uma intervenção muito mais radical sobre a comunidade, porque ele interfere, com seus artigos, suas informações e suas opiniões, diretamente dentro de nosso cérebro.

Acho que, pelo aspecto de cotidianidade que assumiu o Jornalismo, a maioria das pessoas esquece que o Jornalismo não é uma prática natural.

O Jornalismo é uma prática cultural, que não reflete a realidade, mas cria realidades, as chamadas representações sociais que interferem diretamente na formulação de nossas imagens sobre a realidade, em nossos valores, em nossos costumes e nossos hábitos, em nossa maneira de ver o mundo e de nos relacionar com os demais.

A função do Jornalismo, assim, é, socialmente, uma função extremamente importante e, dada a sua cotidianidade, até mais importante que a da medicina, pois, se não estamos doentes, em geral não temos necessidade de um médico, mas nossa necessidade de Jornalismo é constante, faz parte de nossas ações mais simples e, ao mesmo tempo mais decisivas, precisamos conhecer o que pensam e fazem nossos governantes, para podermos decidir sobre as atividades de nossa empresa; ou devemos buscar no Jornalismo a informação a respeito do comportamento do tempo, nas próximas horas, para decidirmos como sair de casa, quando plantar, ou se manter determinada programação festiva.

Buscamos o Jornalismo para consultar sobre uma sessão de cinema, sobre farmácias abertas em um feriadão, mas também para conhecermos a opinião de determinadas lideranças públicas a respeito de determinado tema, etc.

Tudo isso envolve a tecnologia e a técnica, o nível das aptidões, capacidades e domínio de rotinas de produção de um resultado final, que é a notícia.

Mas há coisas mais importantes: um bom jornalista precisa ter uma ampla visão de mundo, um conjunto imenso de informações, uma determinada sensibilidade para os acontecimentos e, sobretudo, o sentimento de responsabilidade diante da tarefa que realiza, diretamente dirigida aos outros, mais do que a si mesmo.

Quando discuto com meus colegas a respeito da responsabilidade que eu, como profissional tenho, com minha formação, resumo tudo dizendo: não quero depender de um colega de profissão, "transformado" em "jornalista profissional", que eventualmente eu não tenha preparado corretamente para a sua função.

A faculdade nos ajuda, justamente, a capacitar o profissional quanto às conseqüências de suas ações.

Mais que isso, dá ao jornalista, a responsabilidade de sua profissionalização, o que o leva a melhor compreender o sentido da tarefa social que realiza e, por isso mesmo, desenvolver não apenas um espírito de corpo, traduzido na associação, genericamente falando, e na sindicalização, mais especificamente, mas um sentimento de co-participação social, tarefa política (não partidária) das mais significativas.

Faça-se uma pergunta aos juízes do STF a quem compete agora julgar a questão, mais uma vez, questão que não deveria nem mais estar em discussão: eles gostariam, de ser mal informados?

Eles gostariam de não ter acesso a um conjunto de informações que, muitas vezes, são por eles buscadas até mesmo para bem decidirem sobre uma causa que lhes é apresentada através dos autos de um processo?

E eles gostariam de consultar uma fonte, sempre desconfiando dela?

Porque a responsabilidade do jornalista reside neste tensionamento que caracteriza o Jornalismo contemporâneo de nossa sociedade capitalista: transformada em objeto de consumo, traduzido enquanto um produto que é vendido, comercializado e industrializado, a notícia está muito mais dependente da responsabilidade do profissional da informação, que é o jornalista, do que da própria empresa jornalística que tem, nela, a necessidade do lucro.

Assim sendo, é da consciência aprofundada e conscientizada do jornalista quanto a seu trabalho, que depende a boa informação.

E tal posicionamento só se adquire nos bancos escolares, no debate aberto, no confronto de idéias, no debate sério e conseqüente que se desenvolve na faculdade.

Eis, em rápidos traços, alguns dos motivos pelos quais é fundamental que se continue a exigir a formação acadêmica para o jornalista profissional.

A academia não vai fazer um jornalista, mas vai, certamente, diminuir significativamente, a existência de maus profissionais que transformam a informação, traduzida na notícia, em simples mercadoria.

Danny Bueno

_______________Arquivo vivo: